Guitarra


O curso de guitarra, propicia ao aluno percorrer com consciência e agilidade os caminhos do Rock, do Blues, do Jazz, do Reggae, do Funk ou da Mpb.

Técnica ( velocidade, palhetada alternada, swepper, tapping, two hands, arpejos, escalas,etc.), repertório, harmonia e improvisação são desenvolvidos na aulas de guitarra.

Em muitos outros países o termo guitarra é aplicado tanto á versão elétrica quanto á versão acústica do instrumento. No Brasil utilizamos guitarra para a versão elétrica e violão para a versão acústica ou clássica.

O surgimento da guitarra deve-se à invenção do captador pelo engenheiro acústico Lloyd Loar em 1923. A invenção permitiu que o suíço Adolf Rickenbacker construísse e patenteasse um instrumento de braço longo e corpo redondo, que alguns historiadores reconhecem como a primeira guitarra elétrica.

Nos anos 40, Leo Fender iniciou a produção em escala comercial da guitarra de corpo sólido batizada com o nome de Broadcaster, que posteriormente foi mudado para Telecaster.


Nessa mesma década, a Gibson, fábrica que já produzia violões elétricos com captadores , convidou o músico Lês Paul para projetar o primeiro modelo de corpo sólido a ser produzido pela empresa.
Em 1953, Leo Fender lançou o modelo Stratocaster.

Além da Fender e Gibson temos várias empresas que produzem instrumentos de qualidade como Washburn, Ibanez, Jackson e Yamaha , além de luthiers que desenvolvem guitarras fantáticas feitas artesanalmente.

Jimi Hendrix, B.B. King, Eric Clapton, Robert Johnson, Stevie Ray Vaughan, Jeff Beck, Carlos Santana, John McLaughlin, Ritchie Blackmore, Joe Pass, Yngwie Malmsteen, Joe Satriani, Steve Vai, Pat Metheny, Stanley Jordan, Wes Montgomery e Eddie Van Halen estão entre os grandes nomes do instrumento.

Teclado


Os instrumentos de teclas como o cravo, o órgão e o piano surgiram no século XIV, e só nos anos 60 deram origem ao teclado propriamente dito ou piano digital. Durante o século XX, os instrumentos de teclas já vinham ganhando avanços, como a criação de instrumentos eletromecânicos, a exemplo do Ondes Martenot, além dos órgãos eletrônicos que passaram a usar osciladores e divisores de freqüência para produzir formas de ondas.
O teclado é um instrumento musical eletrônico, temperado e composto por um conjunto de teclas pretas e brancas.
O número de teclas pode variar de acordo com modelo e fabricante. Por padrão, os teclados arranjadores da Yamaha possuem 61 teclas, (36 brancas e 25 pretas), enquanto os da marca Casio possuem 59 teclas (34 brancas e 25 pretas).

Existem diferentes categorias de teclados musicais eletrônicos:

Arranjadores:

São teclados que possuem vários estilos musicais (pop, jazz, rock, balada, samba, bossa nova, dance, e muitos outros), onde pode-se criar e modificar outros estilos, acompanhados por parte rítmica (bateria), baixo, strings, cordas (violão, guitarra), metais (trompete, trombone, etc.), bem como ainda pode-se sintetizar estes timbres (sons). São mais utilizados por iniciantes ou músicos em perfomance solo (sem banda).

Sintetizadores:

Possuem recursos de edição de timbres (alteração de freqüências, modulação, efeitos, etc.), com isso criando novos timbres (sons). São muito usados por profissionais em perfomances ao vivo com banda.

Workstations:

São teclados mais complexos, que envolvem síntese de sons e sequenciadores para composição, arranjos de partes musicais ou peças musicais completas. São mais usados em estúdio.

Teclados Controladores:

São teclados com diferente número de teclas, na maioria das vezes não possuem timbres, que tem a finalidade de controlar outros instrumentos digitais através de MIDI (comunicação entre instrumentos digitais). Podem controlar uma bateria eletrônica, computadores, módulos de som, etc.


O primeiro sintetizador foi criado em 1955 pela RCA (Rádio Corporation of América). Apesar de ter ganho o Prêmio Nobel nesse ano, este sintetizador era um instrumento que somente podia ser operado por técnicos. Engenheiros especializados precisavam de horas para criar algum som útil. Conhecido como RCA MkII, tinha mais de 2 metros de altura e 5 metros de comprimento. Custava U$ 175.000,00.

Os poucos músicos capazes de operá-lo eram obrigados a revezar-se em turnos e fazer uma reserva no estúdio da Universidade de Columbia/Princeton em Nova York.

Robert Moog, por ser músico , além de engenheiro e físico, teve um approach diferente, desenvolvendo nos anos 60, um instrumento mais acessível e orientado para músicos, não para técnicos. Fundou a Moog Music Inc., fabricante dos sintetizadores Moog, pioneira na produção dos teclados. Por esse motivo ele é considerado o “Pai do Sintetizador”.

Wendy Carlos foi responsável pela primeira obra musical totalmente executada em um sintetizador Moog a obter sucesso comercial, com o Lp ´´Switched on Bach (1968). Trazia obras de Johann Sebastian Bach e foi aclamado pela crítica e público, inclusive pelo controvertido pianista Glenn Gould.
Wendy Carlos procurou não imitar qualquer instrumento de orquestra. Reformulou todos os timbres. Posteriormente foi responsável pela trilha sonora dos filmes “A Laranja Mecânica” e “O Iluminado”, ambos de Stanley Kubrick.

Keith Emerson ( Integrante do grupo de rock progressivo inglês “Emerson , Lake & Palmer”), foi o primeiro a usar o “Moog” no rock , inclusive ao vivo , nos palcos. O próprio inventor, Robert Moog, o desaconselhou a utilizar o instrumento em apresentações ao vivo, devido a instabilidade na afinação do instrumento e a dificuldade de se mudar rapidamente os timbres.

Atualmente os teclados possuem fantásticos recursos como um visor LCD, facilitando o manuseio do usuário, variedade enorme de sons e efeitos, conexão com computadores, permitindo uma grande possibilidade de exploração dos sons.

Existem inúmeras marcas de teclados, que vão dos mais simples aos mais sofisticados. Entre a marcas mais conhecidas estão:
GEM
Hammond
Yamaha
Kurzweil
Roland
Korg
Alesis
Casio
Tokai
Medeli

Bateria


Conjunto de tambores e pratos colocados de maneira propícia a serem tocados por um único músico.
Para executar o instrumento o músico utiliza geralmente um par de baquetas. As baquetas apresentam algumas variantes, com pontas em madeira, nylon ou feltro, ou ainda a vassourinha (conjunto de pequenos fios metálicos) e a drum stick rods ( conjunto de pequenas varetas).
A criação do pedal em 1910 foi marcante para o aparecimento do instrumento na forma em que hoje conhecemos.

Entre as marcas que fizeram história estão a Pearl, Mapex, Ludwig, Sonor, Tama, DW e Yamaha. No brasil inclui-se a Pinguim, Gope, Odery, RMV e Fischer.
Geralmente os pratos são fabricados por empresas especializadas. Entre elas estão a Zildjian, Sabian e Paiste.
Nos anos 80, fabricantes como Simmons, Yamaha e Roland passaram a utilizar um módulo eletrônico que transmite o som diretamente para um fone de ouvido ou caixas acústicas, permitindo ao executante produzir um volume de som apropriado ás suas necessidades, evitando o já costumeiro atrito com os vizinhos.
Assim surgiu a bateria eletrônica.
Buddy Rich, John Bonham, Gene Krupa, Ringo Starr, Steve Gadd, Stewart Copeland, Tony Williams, Keith Moon, Elvin Jones, Billy Cobham, Art Blakey Estão entre os mais conhecidos.
No brasil temos nomes como Nene, Wilson das Neves, Zé Eduardo Nazário, Robertinho Silva, Milton Banana, Kiko Freitas, Edu Ribeiro, Aquiles Priester e Duda Neves.

Violão

O violão é um instrumento de grande versatilidade.

Pode atuar como solista, acompanhando um cantor ou cantora, ou nas mais variadas formações (bandas, duos, trios), em gêneros e estilos como Música Erudita, Mpb, Jazz, Rock, Samba, etc.

O curso de violão do Centro Musical Santa Cruz leva o aluno a desenvolver o conhecimento e a técnica necessários para que ele possa tocar seja qual for seu estilo, com conciência, expressividade e criatividade.


Técnica, repertório, leitura(cifras, partitura, tablatura e diagramas), harmonia e improvisação fazem parte do programa desenvolvido nas aulas de violão.

O violão é um instrumento de cordas e, assim como muitos outros tem sua origem do Oriente.
Quando os mouros, no século VIII, dominaram a Espanha, deixaram lá muitos dos seus hábitos e costumes. Uma das maiores influências foi justamente a música, que inspirou fortemente os diferentes Aspectos musicais da Península ibérica. Instrumentos como o alaúde a vihuela, os precursores do violão, marcaram ali sua presença inicial e logo se espalharam por toda a Europa.
O alaúde é um instrumento de corda palhetada ou dedilhada, com braço trastejado e com a sua característica caixa em forma de meia pera Ou gota.

A origem das palavras alaúde e oud possivelmente remota o termo Árabe al’ud (a madeira). Alguns investigadores sugerem também que seja uma simplificação da palavra persa rud, que significa “corda, instrumento de cordas ou alaúde” .
O antepassado mais proximo do nosso violão, no entanto,deve ser A vihuela (daí veio o nome viola), instrumento de 5 cordas duplas, que foi introduzido no Brasil pelos jesuítas portugueses, os quais a utilizavam na catequese.

A origem lingüística do nome “Violão” deve-se ao acréscimo do sufixo aumentativo “ão” ao termo viola. Esse nome porém, só é aplicado em países de Língua Portuguesa. Nos demais países o nome violão não é aplicado ao instrumento,como pode ser visto em Inglês (Guitar), Francês(Guitare), Alemão, (Guitarre), Italiano (Chitarra), Espanhol (Guitarra).
As origens desses instrumentos estão estimados em 5.000 a.C. segundo o egiptólogo italiano Ernesto Schiapparelli. As primeiras ilustrações encontradas em túmulos datam de 3.700 a.C.; figurando instrumentos de cordas dedilhados em baixo-relevos e pinturas.
Somente no final do século XIX, após sucessivas derivações, é que o luthier Antonio Torres estabeleceu o modelo que serve de refêrencia para os atuais fabricantes.

Trompa

A trompa é um instrumento de sopro da família dos metais, indispensável na orquestra sinfônica moderna. Consiste num tubo metálico de 3,7 metros de comprimento, ligeiramente cônico, com um bocal numa das extremidades e uma campânula (ou pavilhão) na outra, enrolado várias vezes sobre si mesmo como uma mangueira, e munido de três chaves. O trompista aciona as chaves com a mão esquerda, e com a mão direita dentro do pavilhão ajuda a controlar o fluxo de ar dentro do instrumento, e é pela ação conjunta das chaves, da mão direita no interior da campânula, e do sopro (e, às vezes, sucção) do trompista que as notas são produzidas. É um instrumento dificílimo de tocar: o trompista não só tem que ter um ouvido afinadíssimo e saber solfejar com precisão, como também tem que ter uma coordenação motora perfeita para controlar os músculos da mão direita e a própria respiração. Basta um pequeno erro para produzir uma desafinação.

Os instrumentos de sopro da orquestra se dividem em madeiras e metais. Essa distinção se baseia mais na qualidade do som produzido do que no material de que são feitos. Afinal de contas, a flauta se classifica entre as madeiras, mas hoje em dia quase sempre é feita de metal. O que distingue as madeiras dos metais é que as madeiras têm o som mais doce e mais delicado, enquanto os metais o têm mais poderoso e ribombante. Dizemos que os metais são a "artilharia pesada" da orquestra. O que torna a trompa tão especial, e dá ao instrumento seu charme irresistível é que, embora tenha a robustez dos metais, a trompa tem também muito da delicadeza das madeiras. O som doce e quente da trompa tem fascinado quase todos os compositores. Trompas aparecem nas 10 últimas sinfonias de Haydn e Mozart, todas as 9 de Beethoven, as 4 de Schumann, as 4 de Brahms, as 6 de Tchaikovsky, as 9 completas de Mahler, e na verdade teremos dificuldade de encontrar uma obra sinfônica de relevo produzida desde a era de Haydn e Mozart até meados do século XX que exclua as trompas. A partitura da Segunda Sinfonia de Mahler exige dez trompas. Enquanto o uso de outros instrumentos de sopro é variável, o uso de trompas numa obra sinfônica é quase indefectível.

Tuba

A tuba é um instrumento musical de sopro da família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo e que termina numa campânula em forma de sino. Dotado de bocal e de três a cinco pistões, possui todos os graus cromáticos.

Existem tubas de vários tamanhos: tenor (também chamado de eufônio), baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento, na primeira metade do séc. XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfônicas.


Alguns elementos históricos

A tuba é originária do “oficleide”, uma trompa de chaves grave, utilizada por volta de 1800, ainda antes da invenção do sistema de pistões. Este instrumento começou a ganhar popularidade nas pequenas bandas de metais da Grã-Bretanha, onde um antecessor do atual Sousafone, chamado Helicon, era usado devido à sua portabilidade (mais fácil de transportar).

Mais tarde, Richard Wagner utilizaria uma variante deste instrumento (basicamente uma tuba baixo mas com um bocal de trompa), razão pela qual surgiu a chamada Tuba Wagneriana. Em 1860, John Philip Sousa patenteou um novo tipo de tuba baseado no Helicon, dando origem ao atualmente chamado Sousafone.

Por esta altura, os alemães Johann Moritz e Wilhelm Wieprecht construiram o modelo de tuba que seria o percursor do modelo mais utilizado hoje em dia. Desde esta altura, o design e conceito geral da Tuba permaneceram inalteráveis, mas diversas variantes foram sendo introduzidas, incluindo instrumentos com 4, 5 e 6 pistões, pistões com válvulas rotativas, Sousafones em fibra de vidro (para serem usados em desfiles).

Atualmente, as tubas podem ser encontradas nas mais diferentes formas e combinações. Assim, encontramos Tubas em diferentes afinações (Sib, Do, Mib, e Fá), com campânulas desde 36 a 77 centímetros de diâmetro, voltadas para cima ou para a frente, lacadas ou cromadas, com pistões normais ou com válvulas rotativas (ou ambos), com 2 até 6 pistões etc. e a variedade é ainda maior se adicionarmos as várias cambiantes dos Sousafones (como por exemplo o raríssimo Sousafone com 2 campânulas).

Nas bandas filarmônicas, cabe às Tubas o fundamental papel de suporte harmônico, uma vez que compõe o naipe de instrumentos que atua no registo grave.

Bombardino

O bombardino é um instrumento bastante recente cuja história começa no século XVII.

Tal como toda a família das saxotrompas, o Bombardino tem como base o Cornetim, ao qual foi adicionado um sistema de pistões.

A invenção das válvulas/pistões, atribuída a Heinrick Stozel e a Friederich Blushmel, por volta de 1815, revolucionou o design dos instrumentos de metal. O sistema de válvulas foi um sucesso pois facilitou na afinação e na extensão do instrumento. Este sistema foi utilizado pela primeira vez em 1623 no Tenorbasshorn que era uma trompa idêntica ao Eufónio.

Em 1838, em Berlim, é inventada a Tuba Tenor por Carl Moriz. Entre 1842 e 1845 Adolph Sax produz a família das saxtrompas. Estes instrumentos de válvulas compreendem, entre outros, o Bombardino (Baritone Saxhorn) em Mi b e o Bombardão (Bass Saxhorn) em Si b.

Em 1843, em Weimar, sommer desenhou e produziu uma trombeta de válvulas com tubo largo, com a extensão do Barítono, à qual deu o nome de Euphonium, nome que mais tarde alterou para Baryton. Na mesma altura é inventado o Hellhorn. Este instrumento é um Barítono Baixo e extensão Tenor.

Na década de 1840 foi introduzido no mercado o Phonicon, instrumento similar ao Eufónio, mas com a campânula em forma da pêra.

Em 1859 e posteriormente em 1870 o professor Phasey, professor de Eufónio e Barítono, melhorou o Bombardino alargando o tubo.

É a partir da década de 1870 que o Bombardino assuma a sua estrutura actual.

Trombone


O trombone é um instrumento musical da família dos metais. É mais grave que o trompete e mais agudo que a tuba. Quem toca o trombone é chamado de trombonista.
Os trombones são utilizados em vários géneros musicais, como Música Clássica, Jazz entre outros.

Atualmente existem variações neste instrumento. - TROMBONE de Pisto: Utiliza pistos mecânicos como o trompete. - TROMBONE de Vara (Tenor): O primeiro tipo de trombone. - TROMBONE de Vara (Baritono): Mais grave que o trombone tenor, utiliza chave mecânica acionada com a mão esquerda. Ver a foto ilustrativa. - TROMBONE de Vara (Baixo): Mais grave que o trombone barítono, utiliza duas chaves mecânicas acionadas com a mão esquerda. - TROMBONE de Vara (Contrbaixo): Mais grave que o trombone baixo, utiliza uma vara dupla na qual ela circunda por si própria.

HISTÓRIA DO TROMBONE

Ancestrais do trombone.

Da trompa primitiva importada do Egito à construção em cobre, em prata e mais tarde na Idade Média "Oricalchi" (liga especial idêntica ao latão) onde o nome dos "Oricalchis" aos instrumentos de metais e de sopros trazem às origens: o trombone de vara. A antiga trompa era de forma reta, com uma boquilha em sua extremidade superior enquanto que, em sua extremidade inferior se formava uma campana, representando a cabeça de um animal.


De acordo com documentações e pinturas de Peregrino, que se conservam no Escorial (Palácio dos Reis) em Madrid, ficou estabelecido que primeiro o trombone de vara foi inventado e usado por Spartano Tyrstem no final do século XV.


Comumente da família dos sopranos aos baixos, não se têm provas concretas a não ser a partir do século XVI como era chamado o trombone de vara. O "Sacabucha" chamado na Itália de "trombone à tiro" (trompa spezzata), na Alemanha "Zugpousane", na Inglaterra “Sackbut” e, na França "trombone à coulisse", foi o primeiro instrumento de cobre que mediante a vara móvel dispôs dos harmônicos nas sete posições e, por conseguinte da escala cromática, tal como, os atuais instrumentos à mecanismos, pelo qual foi considerado como o mais perfeito instrumento de boquilha. Pois colocando a vara em sete diferentes posições segundo a ordem da escala cromática descendente, se obtém os sons harmônicos correspondentes a cada uma das sete longitudes assumidas pela vara.


Da família do trombone, o soprano foi rapidamente abandonado porquanto não era uma trompa talhada no registro agudo, pelo qual não ficaram senão o trombone contralto em mib, o tenor em sib e o baixo em fá. Porém, não faltam composições para trombone contralto em mib, tenor em sib e baixo em fá com corneta na parte de soprano. Existe uma Sonata de Giovanni Gabrieli (1597) composta para quarteto, donde uma das partes de corneta se tem substituído pelo violino.


Com o desuso do trombone soprano, logo em seguida houve também do trombone contralto e do trombone baixo, ficando somente o trombone tenor em sib que Berlioz chama o melhor sem contradição. O qual mediante a aplicação de uma bomba mestra colocada em ação por um quarto pistom no trombone de pistom e uma válvula rotatória posta em ação pelo polegar esquerdo no trombone tenor em substituição do trombone baixo. Sabe-se que o trombone contrabaixo ou "Cimbasso" de forma igual a do trombone tenor, a uma oitava inferior deste, foi construído por Giuseppe Verdi para obter maior homogeneidade na família dos trombones.


Na segunda metade do século XVII não se podia trazer preocupações para o trombone de vara, a insuficiência dos outros instrumentos que se manifestava sempre mais evidente, principalmente depois do insucesso de HALTERNOF com a aplicação da bomba coulisse primeiro ao corno e depois à trompa em cerca do ano de 1780, donde a razão para chegar-se a uma solução, vem dotar esses instrumentos de escala cromática. E desde as cinco ou seis chaves que funcionavam sobre o mesmo número de buracos mediante alavancas como nos clarinetes e as flautas do austríaco Weidinger e do inglês Halliday e, a "encastre a risorte" sucessivamente aplicado à trompa pelo francês Legrain, se chegou aos pistons inventados por Bluhmel e aplicados à trompa pela primeira vez por Stölzel em 1813. Esta invenção consiste em três longitudes de tubos suplementares chamados de bombas comunicadas com o tubo principal por meio de pistons que funcionavam como válvulas e da bomba geral que é a parte intrínseca do tubo principal e por isso independentes dos pistons. Tanto as três bombas como os três pistons se distinguem com a progressão numérica de 1-2-3. Do jeito parcial destas últimas se consegue baixar a tonalidade na qual o instrumento está construído na medida seguinte: de um semitom com o pistom que se encontra em meio dos outros dois e denominado segundo; de um tom com o pistom um; de um tom e meio com o pistom três; de dois tons baixando ao mesmo tempo os pistons dois e três; e de três tons baixando os três ao mesmo tempo.


Não termina aqui, a busca incessante por parte dos estudiosos para alcançar maior aperfeiçoamento possível. Em 1829, o fabricante vienense Riedl inventou os duplos pistons (dois pistons para cada bomba, por meio das alavancas que ficavam fixas) aplicando-lhe como pedais da harpa para trocar rapidamente de tonalidade. O novo mecanismo foi logo bem substituído pelo mesmo Riedl por cilindros ou válvulas rotatórias acionadas por através de alavancas com muito pouca diferença do mecanismo que se aplica hoje em dia. O tal mecanismo tomou o nome de instrumento à máquina.


O fabricante Adolf Sax elevou a seis o número de pistons, chamando "sistema dos instrumentos a seis pistons independentes", a fim de obter melhor afinação, especialmente nas notas que requerem o emprego simultâneo de dois e três pistons. Mas, a inovação não teve êxito, por seu complicado mecanismo que provocara um manejo muito incômodo dos instrumentos e logo foi abandonado. Por superioridade pertence sem lugar às dúvidas, a invenção de Riedl.


Apesar de todas estas transformações e inovações, atualmente o trombone à máquina (pistons) caiu em desuso quase completamente, enquanto que o trombone de vara foi aperfeiçoado cada vez mais a ponto de não ser preciso utilizar mecanismos ou registro para mudança de sua perfeição.


Assim chegamos hoje ao atual trombone de vara tenor em sib usado em todos os países, tendo preferências nas Jazz-bands, Bandas Sinfônicas, Orquestras de Estações de Rádios, Orquestras de Salões, Orquestras Sinfônicas e Filarmônicas, o qual pela exata proporção das medidas entre suas várias partes e a ótima qualidade do metal empregado em sua fabricação, permite obter-se afinação precisa e formosa qualidade de som, realizando assim todas as exigências da orquestração moderna.

Trompete

Com seu timbre imponente, o trompete esta presente em todos os estilos musicais, como música erudita, jazz, mpb, funk, etc. Muitas vezes atua ao lado de saxofones e trombones, formando a chamada metaleira.
O curso de trompete do Centro Musical Santa Cruz permite que o aluno atue em todas essas situações, desenvolvendo a leitura ( cifra e partitura), técnica, afinação, expressividade (sonoridade), harmonia e improvisação.
As aulas de trompete são realizadas individualmente e contemplam repertório variado.
O trompete é um instrumento musical de sopro, um aerofone da família dos metais, caracterizada por instrumentos de bocal, geralmente fabricados de metal. É também conhecido como pistão.


É constituído de um tubo de metal, com um bocal no início e uma campana no fim. A distância percorrida pelo ar dentro do instrumento é controlada com o uso de pistos ou chaves, que controlam a distância a ser percorrida pelo ar no interior do instrumento. Além dos pistos, as notas são controladas pela pressão dos lábios do trompetista e pela velocidade com que o ar é soprado no instrumento.

Os primeiros trompetes eram feitos de matéria prima vinda da própria natureza, como, bambu, madeira , osso e até conchas. Eram usados à maneira de um megafone, utilizados em rituais , por pastores para conduzir o rebanho ou em tempos mais antigos utilizado para assustar animais pré-históricos. A partir da Idade do Bronze (3300 a.C.) os trompetes passaram a ser feitos em metal e usados sobretudo para fins marciais.

Quando o túmulo do faraó Tutankhamon foi aberto, em 1922, foram descobertos dois trompetes retos. Um de prata, com 58,2 cm de comprimento, e outro de bronze, com 50,5 cm de comprimento: eles não possuíam bocais separados e os lábios estavam aplicados diretamente no estreito fino, datando aproximadamente de 1350 a.C.
Cláudio Monteverdi foi o primeiro dos grandes compositores a utilizar o trompete ("Orfeu"- 1607).

Em 1815, um trompista alemão chamado Heinrich Stölzel, criou o sistema de válvulas para instrumentos de metal, e em 1939 o francês Périnet patentiou um sistema de válvulas chamado de “gros piston” que é a origem das válvulas que utilizamos hoje no trompete. Daí pra frente o trompete teve seu lugar na música, pois com esse sistema de válvulas passou a ser um instrumento cromático.
Hoje os modelos mais usados são os trompetes em Dó e Si bemol. As suas extensões, em notas reais, são no primeiro caso: Fá#2 a Ré5 e no segundo caso: Mi2 ao Dó5. Existem ainda outros tipos de trompete menos usados:

Mais agudos: Trompete em Ré - Trompete em Mi b -Trompete piccolo em Sib
Mais graves: Trompete baixo em Mi b - Trompete baixo em Dó - Trompete baixo em si

Não podemos esquecer dos músicos que desenvolveram técnicas, criaram músicas inesquecíveis e mudaram a história do trompete. Músicos incríveis como:

Louis Armstrong, Arturo Sandoval, Bix Beiderbecke, Bonfiglio de Oliveira, Chet Baker, Claudio Roditi, Clifford Brown, Dizzy Gillespie, Freddie Hubbard, Herb Alpert , Louis Armstrong, Louis Prima, Lee Morgan, Manuel 'Guajiro' Mirabal, Márcio Montarroyos, Maurice Andre, Maynard Ferguson , Miles Davis, Mauro Maur, Phil Driscoll, Sergei Nakariakov, Wynton Marsalis.

Saxofone

O saxofone ou simplesmente sax surgiu por volta de 1840. Diferente da maioria dos instrumentos musicais que surgiram a partir da evolução de instrumentos mais antigos, o saxofone foi inventado. Seu inventor foi o belga Antonie Joseph Sax, mais conhecido como Adolphe Sax.
Ao adaptar uma boquilha semelhante a do clarinete a um oficleide (um predecessor da tuba, só que em forma de "U"), Sax teve a idéia de criar o saxofone-baixo. A partir deste, foram criados os demais instrumentos da mesma família.

Em 1845, Sax aproveitou que a banda da infantaria francesa estava qualitativamente deficiente e recomendou ao Ministro da Guerra que uma competição fosse feita entre uma faixa com instrumentos tradicionais e uma com os seus instrumentos. Ele substitui então o uso do oboé, fagote e trompas francesas por instrumentos de sua invenção, como os saxofones e saxhorns em Bb e Eb. A idéia foi um sucesso e, a partir dessa experiência, os saxes foram adotados na música militar francesa. Em 28 de junho de 1846, Sax obteve a patente do instrumento, que incluía 14 variações: Sopranino em Eb, Sopranino em F, Soprano em Bb, Soprano em C, Alto em Eb, Contralto em F, Tenor em Bb, Tenor em C, Barítono em Eb, Barítono em F, Baixo em Bb, Baixo em C, Contra-baixo em Eb e Contra-baixo em F.

Porém, devido ao sucesso de seu instrumento, os concorrentes aplicaram diversos golpes contra Sax. Entre eles, o acusaram de ter roubado a idéia do saxofone. Além disso, subornaram músicos para boicotar os seus instrumentos e fizeram com que os compositores deixassem de utilizar o sax nas salas de concerto. Adolph sobreviveu aos ataques gastando todo o seu dinheiro em batalhas judiciais. Em 1870, sua patente expirou e qualquer um pôde produzir saxofones. Sua fábrica então faliu.

Aos 80 anos, já no fim da sua vida, três compositores, Emmanuel Chabrier, Jules Massenet e Camille Saint-Saëns se sensibilizaram com a sua história e solicitaram ao Ministro francês de Belas Artes uma ajuda de custo para Sax. Adolphe Sax, morreu no dia 4 de Fevereiro de 1894 aos 80 anos de idade. Embora seja feito de metal, o saxofone pertence à família das madeiras, pois seu som é emitido a partir da vibração de uma palheta de madeira que fica fixada à boquilha.

Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). Assim, para podermos ouvir uma nota equivalente ao dó de um piano é necessário escrever notas diferentes dependendo em qual tonalidade o saxofone é armado. A família dos saxofones mais utilizada atualmente é composta por:
• Soprano, armado em Sib
• Alto ou contralto, em Mib
• Tenor, em Sib
• Barítono, em Mib
Há porém outros modelos mais raros ou que foram caindo em desuso.

Entreos os maiores fabricantes de saxofones no mundo estão Buffet Crampon, Keilwerth, Leblanc (Vito), Roland (Jupiter), Selmer, Conn, King, Buescher, Martin, Yamaha, e Yanagisawa, J’Elle Stainer. Temos também a fabricante brasileira de instrumentos musicais Weril. Palhetas e boquilhas são produzidas por empresas como Vandoren.

Charlie Parker, Dexter Gordon, Gerry Mulligan, Joe Henderson, John Coltrane, Sonny Rollins, Stan Getz,Wayne Shorter e Kenny G são nomes que se destacaram no saxofone.
Entre os brasileiros estão Ladário Teixeira, Leo Gandelman, Paulo Moura, Raul Mascarenhas,Vitor Assis Brasil, Teco Cardoso, Roberto Sion e Nailor Proveta.

Clarinete

O Clarinete é um instrumento de sopros da família das madeiras que tem geralmente cinco partes: a boquilha (onde se situa a palheta), o barrinete (serve para estabelecer a afinação.Se o clarinete está alto, puxa-se o barrilete para cima e vice-versa), duas partes internas (onde se encontram as chaves) e finalmente o pavilhão ou a campânula (que permite “amplificar”). É na boquilha onde o instrumentista põe a boca para tocar, usando-se uma palheta feita de cana que vibra se o ar passar.
O instrumento é feito de madeira de Ébano.

O Clarinete mais utilizado é o soprano, desse modelo fazem-se dois tamanhos, um em sib e outro maior em lá podendo tocar quase 4 oitavas sendo um instrumento transpositor que vai Ré2 a Sib (modelo em Sib). Das duas tonalidades utilizadas uma é mais usada que a outra (em Sib).
Na Orquestra o Clarinete tem varias funções como tocar muito pianíssimo ou muito fortíssimo, assim como tocar partes melódicas ou preencher a harmonia. O instrumento mais utilizado é em Sib devido às transposições mais fáceis, são feitas muitas vezes há vista. Há casos em que o clarinete sib não se adequa à obra tendo assim de utilizar clarinete em Lá. Ainda existem peças para clarinete em Dó, apesar de este quase não existir.
Existem outros clarinetes : a Requinta (mais pequena e mais aguda), o Cor de Basset,
o Clarinete alto, o Clarinete baixo e o Clarinete contrabaixo (estes maiores e mais graves).

História

O clarinete é um instrumento que descende do chalumeau, mas pensa-se que a sua invenção se deve a Johann Christian Denner em Nuremberga por volta de 1700 ou 1707.Ainda com duas chaves surge em 1720 um clarinete mais aperfeiçoado com um pavilhão semelhante ao do oboé.
Em seguida o clarinete passou a ser construído em três secções para facilitar a execução em diferentes tonalidades.
Sobre a introdução do clarinete em Portugal, pensa-se que terá sido no ano de 1774.
O número de chaves do clarinete vai aumentando progressivamente no período clássico, elevando-se a cinco. A campânula torna-se mais alongada e o instrumento passa a ter uma extensão e uma qualidade sonora maiores. É para este clarinete que Mozart escreve o seu Concerto em Lá M e o Quinteto com clarinete.
Inicialmente em Dó, o clarinete vai sendo também construído noutras tonalidades. No fim do Séc. XVIII encontra-se clarinetes em Dó e em Sib (para as tonalidades com bemóis) e em Lá, Si e Ré (para as tonalidades com sustenidos). Após o período clássico o número de chaves do clarinete aumenta e a boquilha adquire outra configuração. Em 1812 é apresentado o clarinete em Sib com treze chaves, ao qual é acrescentado mais tarde o barrilete que facilita a afinação. Apesar do grande êxito do clarinete com o sistema de chaves Boehm nalguns países são preferidos outros tipos de clarinetes: na Áustria, na Holanda, na Rússia e na Alemanha domina a escola alemã, que se opõe á francesa onde predomina o sistema Boehm.

Flauta Transversal

Flauta: A flauta existe desde a Idade da Pedra, sendo dos instrumentos mais antigos usados pelo Homem. Além disso, encontra-se em praticamente todas as culturas. Assim, torna-se impossível traçar a história, ainda que resumida, da flauta nas suas múltiplas formas, pelo que nos iremos restringir à evolução recente da flauta transversa.
No início do século XIX surgem grandes virtuosos da flauta, cujos concertos tinham grande sucesso, dando a este instrumento grande popularidade: é o caso de Drouet, Furstenau, Nicholson e Tulou.
Segundo Anthony Baines, Charles Nicholson (m. 1837) foi o maior flautista que a Inglaterra jamais conheceu. Em Londres, no período entre 1820 e 1830, Nicholson tentou melhorar e corrigir a flauta fazendo orifícios maiores; em 1831 Theobald Boehm (construtor de flautas alemão e flautista profissional) ouviu-o tocar nessa flauta, ficando impressionado com a sua sonoridade.
A partir daqui Boehm repensou completamente a flauta em todos os seus aspectos: perfil do tubo, número, colocação e tamanho dos orifícios, etc.. Ao fim de um ano de longas experiências, surge então a flauta Boehm.
Os primeiros modelos de Boehm são ainda ligeiramente cónicos, mas em 1847 ele apresentou o seu modelo de perfil cilíndrico, dando à cabeça uma forma de curva parabólica muito suave. O êxito desta flauta foi enorme, tendo suplantado todos os outros sistemas. Foi também adoptado ou inspirou alterações na mecânica das outras madeiras.
Hoje, em qualquer parte do mundo, a flauta que se usa é a flauta Boehm, quer seja feita de madeira quer de metal.