Flauta: A flauta existe desde a Idade da Pedra, sendo dos instrumentos mais antigos usados pelo Homem. Além disso, encontra-se em praticamente todas as culturas. Assim, torna-se impossível traçar a história, ainda que resumida, da flauta nas suas múltiplas formas, pelo que nos iremos restringir à evolução recente da flauta transversa.
No início do século XIX surgem grandes virtuosos da flauta, cujos concertos tinham grande sucesso, dando a este instrumento grande popularidade: é o caso de Drouet, Furstenau, Nicholson e Tulou.
Segundo Anthony Baines, Charles Nicholson (m. 1837) foi o maior flautista que a Inglaterra jamais conheceu. Em Londres, no período entre 1820 e 1830, Nicholson tentou melhorar e corrigir a flauta fazendo orifícios maiores; em 1831 Theobald Boehm (construtor de flautas alemão e flautista profissional) ouviu-o tocar nessa flauta, ficando impressionado com a sua sonoridade.
A partir daqui Boehm repensou completamente a flauta em todos os seus aspectos: perfil do tubo, número, colocação e tamanho dos orifícios, etc.. Ao fim de um ano de longas experiências, surge então a flauta Boehm.
Os primeiros modelos de Boehm são ainda ligeiramente cónicos, mas em 1847 ele apresentou o seu modelo de perfil cilíndrico, dando à cabeça uma forma de curva parabólica muito suave. O êxito desta flauta foi enorme, tendo suplantado todos os outros sistemas. Foi também adoptado ou inspirou alterações na mecânica das outras madeiras.
Hoje, em qualquer parte do mundo, a flauta que se usa é a flauta Boehm, quer seja feita de madeira quer de metal.